Bem vindos ao meu cantinho!!!

Não pretendo ser grande, e imprencionar ninguém


Ou consagrar meu nome eternamente.


Faço rabiscos, como quem analisa


os esconderijos do meu "eu" intenssamente.


São rabiscos repletos de autenticidade


Não escrevo nada de extraordinário.


Falo de um geito simples,


Falo do amor, da ilusão e da saudade...


Experiencia que viveu meu coração!!!





Açucena......16/02/2010















domingo, 31 de maio de 2009

Decepção




Decepção é uma palavra estéril pra mim... até que me aconteça. Porque às vezes ela nos faz desvalorizar uma pessoa inteira por causa de uma única atitude.


E quando se é tomado pelo emocional, dificilmente se consegue refletir, que dirá por esse ângulo.Eu conheço todas as fases de uma decepção: raiva, mágoa, tristeza, melancolia e depois um tipo de amor ferido escondido embaixo dessas quatro pedras.


Quando você se permite viver a coisa toda, ela vai sendo descascada como uma cebola desnudada de suas peles até que só reste a libertação. Não digo a libertação da indiferença, aí ainda restaria mágoa, defesa... É mais profundo, é mais interessante... É a compreensão. Você, depois de se permitir o luto total, consegue enxergar que o outro não é mau, que você não é vítima, que tudo não passou de um triste encontro desencontrado, cheio de conseqüências... Que ele caberia direitinho na história de um outro alguém, não na sua. Mas escolher lidar com isso de uma maneira mais madura, é o único bem que se pode fazer, não pelo o outro, mas por si próprio... E a conseqüência disto, acaba sendo um bem duplo.Depois que aprendi a ser água, a chorar como a chuva só pelo profundo respeito que tenho por mim até me desvencilhar da angústia, aprendi outras coisas e recebi benefícios que vêm junto... Sei que muitas histórias desagradáveis se repetem: não acredito que seja porque o mundo “esteja perdido”, mas porque EU, dentro de tantas outras possibilidades, devo estar condicionada a viver a mesma história - primeiro passo que preciso dar adiante.


Depois, seja lá o que o outro tenha feito, ele o fez porque ME permiti que o fizesse, ou ainda, se é algo de sua índole, “onde EU estava com a cabeça que com minha sensibilidade não percebi a energia estranha em que EU estava vibrando pra atrair uma figura que fosse capaz de? Ou, por que percebi e aceitei que viesse? Que fantasmas meus esse outro alimenta?” Outro passo adiante... E assim, vou compondo caminhos mais ensolarados.


O mais bonito e mais profundo é quando você consegue se colocar passivamente, sinceramente no lugar do outro, esquecendo suas dores e seu orgulho por um momento pra tentar entender que, ele simplesmente pode estar condicionado às dificuldades, ao desamparo, ao desculpar-se, a não ser amado... Que ele deu exatamente o que tinha pra dar, que fez a única coisa que sabia fazer e que, ainda, deve sofrer mais do que qualquer pessoa que ele fira, porque não consegue amparar essa criança interna assustada que faz essa bagunça externa só pra chamar a atenção.E sabe o que é mais difícil de aceitar?


É que nada me garante que se estivéssemos em lados opostos, que eu não faria a MESMA coisa.


Eu detesto justificar os erros de alguém, até porque isto seria uma forma de me sentir superior quando julgo saber o que o outro sentiu ou pensou quando agiu... é como se eu fosse tão sábia, que se o mundo inteiro falhasse eu teria as respostas... (Mas eu ainda passo dias inteiros chorando por mim até perceber num momento de luz que, tudo bem, posso fazer aquilo, mas estou olhando só pro meu umbigo... E que não há nada mais importante naquela hora que meu umbigo... não há culpas, eu me permito e mereço, porque sou a que mais me aturo e que daquele momento vai vingar algum fruto bom - e isso é um compromisso que assumo na hora da permissão que me dou.)




M. de Queiroz

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